Certo dia um dono de uma loja em um shopping, preocupado com a baixa venda em seu estabelecimento, procurou um velho lojista no centro da cidade, conhecido pela sua gentileza e sabedoria, e disse-lhe desanimado.
-Senhor, nunca vi uma crise como esta. O pessoal vê, pergunta o preço, mas comprar, que é bom, nada.
O velho amigo respondeu?
-A crise de hoje é maior do que a do dia em que você abriu sua loja? Garanto que você não tinha nenhum cliente e a loja inteira para pagar. Mas como era você?
Acho que você ficava na porta abrindo sorriso para quem passava. Convidava as pessoas para entrar na loja. Acompanhava os clientes até a porta, carregando os pacotes deles.
Garanto que você ficou esperando o telefone tocar imaginando ser algum cliente, mesmo sabendo que ninguém sabia o número de seu telefone.
Você foi até a administração do shopping oferecendo-se, para animar" o shopping, fazer um natal diferente, campanhas novas etc.
Hoje, como é? O telefone toca e você grita: "Alguém atenda". Os clientes querem falar com você e você se esconde. O shopping chamou você para uma reunião sobre o dia das mães, você foi? Ah, meu nobre colega e você agora vem falar em crise.
Meio sem jeito, com tantas verdades reveladas, o jovem lojista persistiu:
-Mas o que devo fazer?
Com toda paciência do mundo, o experiente lojista respondeu-lhe:
-Você perdeu a paixão do começo. Quando a gente perde a paixão do começo, perde o entusiasmo pelo que faz. Quando perdemos o entusiasmo e a paixão, perdemos a vontade de empreender, de inovar, de criar coisas novas, de nos reinventar. E, sem isso tudo, a vida torna-se uma rotina desestimulante.
Começamos a andar para trás e a acomodação pessimista toma conta de nosso dia-a-dia.
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