Muitas vezes desejamos encontrar respostas corretas para importantes questões existenciais relacionadas à nossa felicidade. Gostaríamos de saber, por exemplo, se nossa felicidade é resultado do destino, do merecimento, da sorte, do acaso, da meta ou do caminho escolhido. Para isso, a razão, a lógica, o bom senso e a intuição podem e devem ser usadas para obtenção de respostas que nos tragam equilíbrio, conforto, esperança, motivação, serenidade, força e sabedoria para prosseguirmos na luta do dia-a-dia.
Em alguma dimensão do espaço e tempo fomos criados individualmente, dotados de inteligência, livre-arbítrio e consciência. Cada um de nós é um ser único, especial, diferente dos outros, com talentos, defeitos e qualidades peculiares. A atual situação e condição de ser e ter resulta, exclusivamente, de escolhas feitas ao longo de nosso caminho evolutivo. Portanto, não tem lógica nos compararmos a outros seres porque, dependendo do caso, podemos nos colocar abaixo ou acima dos outros. Em qualquer dessas situações o resultado será ruim porque estaremos nos considerando seres superiores ou inferiores.
Todos nós viemos sozinhos e também partiremos sozinhos deste mundo. Assim, devemos nos conscientizar o quanto antes, que temos a obrigação de resolver os nossos próprios problemas, não significando, entretanto, que não podemos ser ajudados no aprendizado de nossas lições de vida. O passado não pode ser mudado e o futuro é incerto, mas temos a liberdade de escolher e mudar agora e para melhor o nosso destino na vida.
A felicidade é um estado consciencial relativo, correspondente à fase evolutiva alcançada, no qual obtemos relativa satisfação em todos os níveis existenciais (situações e condições de ser e ter). É mais importante, entretanto, ser do que ter, porque ser é uma aquisição permanente do espírito enquanto que ter é posse material temporária.
A felicidade deve ser compreendida como sendo um caminho escolhido e não como um objetivo a ser atingido. O usufruto desta felicidade depende, portanto, de como usamos nossa inteligência (emocional, intelectual e espiritual) para administrar a própria vida e os recursos disponíveis com equilíbrio, moderação e bom senso. Ao aceitarmos a felicidade como sendo o próprio caminho, passamos a aceitar naturalmente a realidade, sem os sofrimentos que poderiam advir da resistência em aceitar essa realidade. Na felicidade-caminho não ficamos presos ao passado ou futuro, mas estamos sempre vivendo um eterno presente, ou seja, um eterno vir-a-ser e não presos a um objeto e emoção transitórios sujeitos às modificações do tempo e espaço.