sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Castiçal

José era um homem pobre. Jardineiro, ganhava a vida no trabalho diário com flores e plantas.

Certo dia, ele se dirigia para casa quando encontrou no caminho um homem prestes a ser assaltado.
De alma nobre e ânimo valente, logo foi em socorro do desconhecido.

Graças à sua interferência os dois ladrões fugiram sem causar maiores danos físicos.

Reconhecido, o quase assaltado resolveu premiar o seu salvador. Por ser um rico mercador e possuir muitas e ricas peças, tomou de uma caixa amarela de couro lavrado e a deu ao jardineiro.

José foi rápido para casa. Mal podia conter sua curiosidade. O que será que lhe teria dado o rico senhor?

Como a caixa pesasse ele pensou que poderiam ser muitas moedas de prata. Ao abrir a caixa para conhecer as preciosidades que ela devia conter, ficou desiludido. Era somente um castiçal. Um castiçal de metal escuro e pesado.

José ficou muito aborrecido. Afinal, arriscara a vida lutando contra os salteadores da estrada e ao final, somente ganhara aquilo. O que ele faria com um castiçal?

Convencido que o presente não tinha muito valor, ele atirou o castiçal a um canto. Abandonado, o objeto ficou rolando pela casa. Toda vez que o jardineiro colocava sobre ele os olhos, mais se amargurava lembrando de tudo.

Como as dificuldades só aumentavam, ele precisou sair daquela casa e foi morar em outra região. Levou consigo quase tudo que possuía. Mas deixou sobre a mesa suja, o castiçal. Afinal, era uma coisa imprestável!

Aconteceu que na casa deixada por José, foi morar um músico. Descobrindo o castiçal, teve logo a impressão de que deveria ser uma peça curiosa. Tirou o pó e livrou das manchas que o recobriam. Viu então que na base da peça haviam várias figuras.
Um belo navio, que parecia vencer as ondas e uma bailarina graciosa que dava a impressão de dançar no meio de um lindo jardim. Virando um pouco a peça, descobriu ainda um majestoso templo com torres apontadas para o céu. E, finalmente, um cavalo negro a galopar sobre uma montanha de nuvens.

Quanta beleza! Imaginou logo o músico que o castiçal deveria ser uma preciosidade. Tratou de mostrá-lo a várias pessoas, até conseguir que um rico colecionador de peças raras o comprasse, por uma fortuna incalculável.

O que nas mãos de José era uma peça inútil se transformou em uma verdadeira preciosidade aos olhos inteligentes do músico

Quantas pessoas existem no mundo que possuem ao seu lado tesouros incalculáveis mas cujos olhos não percebem do que os rodeia.
Valorize o que lhe foi dado. Agradeça seus tesouros.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Deficientes...

O problema não é estar em uma cadeira de rodas, que impede a movimentação plena e livre, o problema é fazer das reclamações sem fim, uma cadeira de rodas que limita as atitudes, procurando culpados pelos nossos fracassos, pelos erros que insistimos em cometer...
Não, o problema não é o par de muletas que incomodam e atrapalham demais o ir e vir, o problema são as desculpas para não fazer às mudanças que a vida pede insistentemente, e que por falta de coragem, vamos empurrando, deixando para amanhã, depois e depois, muletas como os vícios que nos matam, amores que maltratam, amizades que só sugam...
O problema, não é a cegueira dos olhos, que impedem de ver o sol, o problema é a cegueira da alma, que impedem de sentir o calor do sol, pois eu te digo que há mais cegos enxergando às possibilidades da vida, que muitos que vêem não conseguem perceber, olham, mas não enxergam, escutam, mas não ouvem, falam, mas não praticam, andam e não chegam a lugar nenhum, carentes da auto-estima, pobres de espírito, deficientes do amor próprio, essa sim, a verdadeira incapacidade de viver.
Pois quem não se ama, não pode amar ninguém, quem não se respeita, não pode exigir respeito, quem se limita, não pode ir além das dificuldades, então, pega a sua caminha de desculpas, o cobertor da mediocridade e joga fora, recomeça atendendo ao chamado do Cristo que pede agora: levanta-te e anda!
"Só vence a estrada, quem dá o primeiro passo!"

Atração

Você já parou para pensar que você é um magneto vivo?

Isso mesmo: um ímã que atrai pessoas e situações de acordo com o seu estado de espírito...

Sabe aquele dia em que, quando você acorda, escorrega no tapete, tropeça no cachorro, mancha a camisa com café... e assim por diante?

Nesses dias, a tendência de todos nós é sair esbravejando, no maior mau humor...

Com essa atitude, todo o resto do dia vai ser desastroso, com certeza.

Sabe por quê? Porque você está atraindo situações desagradáveis.
Mas dá pra reverter o quadro catastrófico. Basta parar um minutinho, respirar fundo e, se possível, rir...

Rir do escorregão, do tropeço e da mancha, que nem foi tão grande assim...

Não se esqueça: você é um ímã, que atrai tudo o que está de acordo
com o seu desejo mais intenso.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Inferioridade

Passamos a maior parte da nossa vida escutando a palavra "não".
Você não pode fazer isto, você não é capaz, você não tem o direito de fazer isto ou aquilo e assim por diante.

O "não" foi aplicado em grande escala em nossas vidas, fato este que levou nossa mente a percorrer vários caminhos da inferioridade, como se fosse um hábito adquirido ou uma coisa simples e normal.

Está na hora de revertermos este processo.
Para isto é preciso que você se redescubra como pessoa e como ser humano, que tem todo o direito de ser feliz.

A felicidade e a conquista são bens em abundância no universo e estão disponíveis a todos que se harmonizam com ele.

Dê uma grande virada na sua vida, mostrando que você é capaz de transformar sonhos em grandes realidades.

A Vida

Por muito tempo eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade. Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga.
Aí sim, a vida de verdade começaria. Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade.
Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho! Assim, aproveite todos os momentos que você tem.
E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo; e lembre-se que o tempo não espera ninguém. Portanto, pare de esperar:
até que você volte para a faculdade; até que você perca 5 quilos; até que você ganhe 5 quilos; até que você tenha tido filhos; até que seus filhos tenham saído de casa; até que você se case;
até que você se divorcie; até sexta à noite; até segunda de manhã; até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova; até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos; até o próximo verão, outono, inverno; até que você esteja aposentado;
até que a sua música toque; até que você tenha terminado seu drink; até que você esteja sóbrio de novo; até que você morra;...E decida que não há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO...
Lembre-se:
"Felicidade é uma viagem, não um destino”

Sonhe!

Se seus sonhos são pequenos, sua visão será pequena, suas metas serão limitadas, seus alvos serão diminutos, sua estrada será estreita, sua capacidade de suportar as tormentas será frágil.
Os sonhos regam a existência com sentido. Se seus sonhos são frágeis, sua comida não terá sabor, suas primaveras não terão flores, suas manhãs não terão orvalho, sua emoção não terá romances.
A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis, faz dos idosos jovens. A ausência deles transforma milionários em mendigos faz dos jovens idosos.
Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história, fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Não Olhe Para os Problemas

Era uma vez um cocheiro que dirigia uma carroça cheia de abóboras. A cada solavanco da carroça, ele olhava para trás e via que as abóboras estavam todas desarrumadas. Então ele parava, descia e colocava-as novamente no lugar. Mal reiniciava sua viagem, lá vinha outro solavanco e... tudo se desarrumava de novo.

Então ele começou a ficar desanimado e pensou:
- Jamais vou conseguir terminar minha viagem! É impossível dirigir nesta estrada de terra, conservando as abóboras arrumadas!

Quando estava assim pensando, passou à sua frente outra carroça cheia de abóboras, e ele observou que o cocheiro seguia em frente e nem olhava para trás: as abóboras que estavam desarrumadas organizavam-se sozinhas no próximo solavanco.

Foi quando ele compreendeu que, se colocasse a carroça em movimento na direção do local onde queria chegar, os próprios solavancos da carroça fariam com que as abóboras se acomodassem em seus devidos lugares.

Assim também é a nossa vida: quando paramos demais para olhar os problemas, perdemos tempo e nos distanciamos das nossas metas...

A Árvore dos Problemas

Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda.
O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil. O pneu de seu carro furou e ele deixou de ganhar uma hora de trabalho. A sua serra quebrou, ele cortou o dedo, e finalmente, seu carro não funcionou no final do dia na hora que iria embora.
O homem que contratou o carpinteiro ofereceu-lhe uma carona para casa e durante o caminho o carpinteiro não falou nada.
Quando chegaram a sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a sua família. Quando os dois homens estavam se encaminhando para a porta da frente, o carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas dos galhos com suas mãos. Depois de abrir a porta de casa, o carpinteiro transformou-se! Os traços tensos de seu rosto transformaram-se em um grande sorriso. Ele abraçou seus filhos e beijou sua esposa afetuosamente.
Um pouco mais tarde o carpinteiro acompanhou sua visita até o carro. Assim que eles passaram pela árvore o homem perguntou por que ele havia tocado na planta antes de entrar em casa.
"Ah", respondeu o carpinteiro, "esta é minha árvore dos problemas. Como eu sei que não posso evitar ter problemas no meu trabalho e, também sei, que não posso traze-los para meus filhos e esposa, então eu resolvi que toda a noite eu deixaria os meus problemas nesta árvore e os pegaria na manhã seguinte."
"E funcionou?", perguntou o homem já chegando no seu carro.
"Se o senhor quer saber, funcionou melhor do que eu esperava. Todas as manhãs quando eu volto para pegar meus problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na noite anterior..

domingo, 25 de novembro de 2012

O Sujeito do Espelho

Era uma vez um burrinho. Burrinho como os demais que viviam no pasto, e que prestavam serviços, quando necessitavam deles.

Um dia, houve grande festa naquela terra. Era feriado. Feriado nacional. Comércio fechado. Escolas sem aulas. Tudo parado.

Nas avenidas principais daquela cidade, devidamente ornamentadas, aconteceria um desfile militar e escolar. É que as joias, bandeiras, medalhas, coroas que pertenceram ao rei daquele país seriam apresentadas ao povo, esparramado pelas calçadas.

Aí precisaram de um burrinho, que transportasse aqueles tesouros, que representavam história gloriosa daquela nação.

Foi apanhado, lá no pasto. Colocaram arreios sobre seus lombos, ornamentos dourados que brilhavam ao sol. Daquela manhã festiva.
Naqueles arreios, foram colocadas as preciosas joias reais. No desfile militar, o pacato quadrúpede ocupava lugar de destaque, comandando a parada.

Rojões espocavam, a multidão aplaudia, a tropa se perfilava, numa alegria contagiante, que deslumbrava e emocionava a todos.

Acabado o desfile, retiraram as joias que o burrinho carregava os arreios dourados, os adereços todos, e ele foi levado de volta ao pasto, sem maiores formalidades.

Lá chegando, o burrinho começou a conversar com os outros burricos, seus companheiros:

- Vocês viram o que me aconteceu? Andei pelas avenidas da cidade, nesta manhã. E quando eu passava, soltaram fogos e foguetes, houve aplausos de todos os lados, uma beleza: Até soldados perfilaram-se, em continência, enquanto bandas de música celebravam a festança. Vejam como eu sou importante! Vejam!

Aí, outro burrico, que ouvia tudo aquilo o desafiou:

- Se você é tudo isso que está dizendo, tenha a coragem de retornar às avenidas por onde passou. Vá. Eu quero ver o que acontecerá!...

O burrinho vaidoso aceitou o desafio. Foi. Mas quando ele passava, apesar da cadência de seu passo garboso, moleques atiraram-lhe pedras enxotaram-no aos gritos, brandindo relhos e chicotes, numa correria bárbara.

Cansado, resfolegando, envergonhado, assustadíssimo, o burrico retornou ao pasto, onde encontrou seus amigos, que o receberam, com desprezo e com desdém.

- E agora, o que dizes?, Perguntaram-lhe, com zombaria. Então o burrinho vaidoso, cabisbaixo, filosofou:

- É. É verdade. Eu não tinha importância alguma. Eu sou igualzinho aos outros burrinhos. Só fui aplaudido enquanto carreguei as joias do rei...

Saiba: Você é importante, sim! Mas pelo o que você é. Não pelo que carrega!
 

A Glória do Burrinho

Era uma vez um burrinho. Burrinho como os demais que viviam no pasto, e que prestavam serviços, quando necessitavam deles.

Um dia, houve grande festa naquela terra. Era feriado. Feriado nacional. Comércio fechado. Escolas sem aulas. Tudo parado.

Nas avenidas principais daquela cidade, devidamente ornamentadas, aconteceria um desfile militar e escolar. É que as joias, bandeiras, medalhas, coroas que pertenceram ao rei daquele país seriam apresentadas ao povo, esparramado pelas calçadas.

Aí precisaram de um burrinho, que transportasse aqueles tesouros, que representavam história gloriosa daquela nação.

Foi apanhado, lá no pasto. Colocaram arreios sobre seus lombos, ornamentos dourados que brilhavam ao sol. Daquela manhã festiva.
Naqueles arreios, foram colocadas as preciosas joias reais. No desfile militar, o pacato quadrúpede ocupava lugar de destaque, comandando a parada.

Rojões espocavam, a multidão aplaudia, a tropa se perfilava, numa alegria contagiante, que deslumbrava e emocionava a todos.

Acabado o desfile, retiraram as joias que o burrinho carregava os arreios dourados, os adereços todos, e ele foi levado de volta ao pasto, sem maiores formalidades.

Lá chegando, o burrinho começou a conversar com os outros burricos, seus companheiros:

- Vocês viram o que me aconteceu? Andei pelas avenidas da cidade, nesta manhã. E quando eu passava, soltaram fogos e foguetes, houve aplausos de todos os lados, uma beleza: Até soldados perfilaram-se, em continência, enquanto bandas de música celebravam a festança. Vejam como eu sou importante! Vejam!

Aí, outro burrico, que ouvia tudo aquilo o desafiou:

- Se você é tudo isso que está dizendo, tenha a coragem de retornar às avenidas por onde passou. Vá. Eu quero ver o que acontecerá!...

O burrinho vaidoso aceitou o desafio. Foi. Mas quando ele passava, apesar da cadência de seu passo garboso, moleques atiraram-lhe pedras enxotaram-no aos gritos, brandindo relhos e chicotes, numa correria bárbara.

Cansado, resfolegando, envergonhado, assustadíssimo, o burrico retornou ao pasto, onde encontrou seus amigos, que o receberam, com desprezo e com desdém.

- E agora, o que dizes?, Perguntaram-lhe, com zombaria. Então o burrinho vaidoso, cabisbaixo, filosofou:

- É. É verdade. Eu não tinha importância alguma. Eu sou igualzinho aos outros burrinhos. Só fui aplaudido enquanto carreguei as joias do rei...

Saiba: Você é importante, sim! Mas pelo o que você é. Não pelo que carrega!
 

Ser Feliz

(Augusto Cury)

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no fundo da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Ser feliz é isso. É acima de tudo viver!!!

sábado, 24 de novembro de 2012

Amor no Coração

Era uma vez um sujeito que viveu em harmonia e em paz toda a sua vida. Quando morreu, todo mundo falou que iria direto para o céu, direto para o paraíso. Ir para o céu não era tão importante para aquele homem, mas mesmo assim ele foi até lá.

Naquela época, o céu não havia ainda passado por um programa de qualidade total. A recepção não funcionava muito bem. O anjo que o recebeu deu uma olhada rápida nas fichas em cima do balcão e, como não viu o nome dele na lista, lhe mostrou o caminho do inferno. E no inferno, você sabe como é... Ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega é convidado a entrar. O sujeito entrou lá e foi ficando.

Alguns dias depois, o dono do inferno chegou furioso às portas do paraíso para tomar satisfações com São Pedro:
- Você me aprontou uma! Nunca imaginei que fosse capaz de uma baixaria como essa. Isso que você está fazendo é puro terrorismo! Sem saber o motivo de tanta raiva, São Pedro perguntou, surpreso, do que se tratava. E o coisa ruim, transtornado, desabafou:

- Você mandou um sujeito para o inferno e ele está fazendo a maior bagunça lá. Estragando o ambiente. Ele chegou cumprimentando, escutando as pessoas, olhando nos olhos, conversando com elas. Agora, está todo mundo dialogando, se abraçando, se beijando... o inferno está insuportável, virou um verdadeiro paraíso! E fez um apelo:
- Pedro, por favor, tira rápido aquele sujeito de lá!

Traga de volta para cá rápido!

O segredo, meu filho, é viver com amor no coração... não ficar atirando pedras em todo mundo. Assim se, por engano, você for parar no inferno, o próprio demônio lhe trará de volta ao paraíso!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sorria

(Charles Chaplin)

Sorria... Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é, sem medo.
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu.
Viva! Tente! A vida não passa de uma tentativa.
Ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação.
Aceite! A vida, as pessoas, faça delas a sua razão de viver.
Entenda! Entenda as pessoas que pensam diferente de você, não as reprove.
Olhe... Olhe a sua volta, quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje?
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.
Sonhe! Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite! Espere! Sempre haverá uma saída, sempre brilhará uma estrela.
Chore! Lute! Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ouça... Escute o que as outras pessoas têm a dizer, é importante.
Suba... faça dos obstáculos degraus para aquilo que você acha supremo, mas não esqueça daqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente, não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que... te adoro, simplesmente porque você existe.

Terremotos

Dizem que, passado o terremoto de Lisboa (1755), o Rei perguntou ao General o que se havia de fazer. Ele respondeu ao Rei: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”.
Essa resposta simples, franca e direta tem muito a nos ensinar.
Muitas vezes temos, em nossa vida, “terremotos” avassaladores como o de Lisboa. A catástrofe é tão grande que muitas vezes perdemos a capacidade de raciocinar de forma simples, objetiva.
Todos nós estamos sujeitos a “terremotos” na vida. O que fazer?
Exatamente o que disse o General: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”. E o que isso quer dizer para a nossa vida? Sepultar os mortos significa que não adianta ficar reclamando e chorando o passado. É preciso “sepultar” o passado. Colocá-lo debaixo da terra. Isso significa “esquecer” o passado. Enterrar os mortos.
Cuidar dos vivos significa que depois de enterrar o passado, em seguida temos que cuidar do presente. Cuidar do que ficou vivo. Cuidar do que sobrou. Cuidar do que realmente existe. Fazer o que tiver que ser feito para salvar o que restou do terremoto.
Fechar os portos significa não deixar as “portas” abertas para que novos problemas possam surgir ou “vir de fora” enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando o que restou do terremoto de nossa vida. Significa manter o foco no “cuidar dos vivos”. Significa concentrar-se na reconstrução, no novo.
É assim que a história nos ensina. Por isso a história é “a mestra da vida”. Portanto, quando você enfrentar um terremoto, não se esqueça: enterre os mortos, cuide dos vivos e feche os portos.
 

Desafios

(Osho)

A vida só é possível através dos desafios.
A vida só é possível quando você tem
tanto o bom tempo quanto o mau tempo,
quando tem prazer e dor;
quando tem inverno e verão, dia e noite;
quando tem tristeza tanto quanto felicidade,
desconforto tanto quanto conforto.
A vida passa entre essas duas polaridades.
Movendo-se entre essas duas polaridades,
você aprende a se equilibrar.
Entre essas duas asas,
você aprende a voar até a estrela mais brilhante.

sábado, 17 de novembro de 2012

O Discípulo Embriagado

Um mestre tinha centenas de discípulos. Todos rezavam na hora certa – exceto um, que vivia bêbado.

O mestre foi envelhecendo. Alguns dos alunos mais virtuosos começaram, então, a discutir quem seria o novo líder do grupo, aquele que receberia os importantes segredos da Tradição.

Na véspera de sua morte, porém, o mestre chamou o discípulo bêbado e transmitiu-lhe os segredos ocultos.

Uma verdadeira revolta tomou conta dos outros.

- Que vergonha! – gritavam pelas ruas – Nos sacrificamos por um mestre errado, que não sabe ver nossas qualidades. Escutando a confusão do lado de fora, o mestre agonizante comentou:

- Eu precisava passar esses segredos para um homem que eu conhecesse bem. Todos os meus alunos eram muito virtuosos e mostravam apenas as suas qualidades. Isso é perigoso; a virtude muitas vezes serve para esconder a vaidade, o orgulho, a intolerância.

Por isso, escolhi o único discípulo que eu conhecia realmente bem, já que podia ver seu defeito: a bebedeira.

De Coração pra Coração

Um rapaz de 16 anos pergunta ao seu pai :

"pai, o que você vai me dar quando eu fizer 18 anos?"

O pai responde :

“ainda falta muito tempo rapaz !” Mais um ano passa e o rapaz faz 17 anos.

Um dia o seu pai leva-o de emergência para o hospital. Os médicos disseram-lhe:

“senhor, o seu filho tem um grave problema no coração!”

O rapaz deitado na maca, pergunta a o seu pai:

“pai, eles disseram que eu vou morrer ... ?”

Logo depois o pai começa a chorar.
Finalmente o rapaz sai do hospital no dia dos seus 18 anos.
Ele volta pra casa e vê que o seu pai deixou uma carta em cima da mesa que diz:

“se esta lendo essa carta, é porque tudo ocorreu bem. Lembra do dia em que me perguntou oque eu ia te dar quando fizesse 18 anos?
Então ... Eu te dei o meu coração, feliz aniversário filho."

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

As Cinco Bolas

"Imaginem a vida como um jogo, no qual você faz malabarismo com cinco bolas que lançam ao ar".
Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito, portanto:

* Não diminua seu próprio valor, comparando-se com outras pessoas. Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial.

* Não fixe seus objetivos com base no que os outros acham importante. Só você está em condições de escolher o que é melhor para você.

* Dê valor e respeite as coisas mais queridas ao seu coração. Apegue-se a elas como a própria vida. Sem elas a vida carece de sentido.

* Não deixe que a vida escorra entre os dedos por viver no passado ou no futuro. Se viver um dia de cada vez, viverá todos os dias de suas vidas.

* Não desista quando ainda é capaz de um esforço a mais. Nada termina até o momento em que se deixa de tentar.

* Não tema admitir que não é perfeito. Não tema enfrentar riscos. É correndo riscos que aprendemos a ser valentes.

* Não exclua o amor de sua vidas dizendo que não se pode encontrá-lo. A melhor forma de receber amor é dá-lo. A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio. A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas.

* Não corra tanto pela vida a ponto de esquecer onde esteve e para onde vão.

* Não tenha medo de aprender. O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega facilmente.

* Não use imprudentemente o tempo ou as palavras, pois não se pode recuperar.

*A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo.

Como Nasce Um Paradigma

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas.
Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão.
Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancadas.
Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos.
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais subia a escada.
Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato.
Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato.
Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
"Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."
Não se acomode com as situações que te incomodam!

domingo, 11 de novembro de 2012

Cemitério

O lugar mais rico deste planeta não são os campos de petróleo do Kuwait, do Iraque ou da Arábia Saudita. Nem tão pouco, as minas de ouro e diamantes da África do Sul, as minas da Rússia e as minas de prata da África.
Embora isso seja surpreendente, os depósitos mais ricos de nosso planeta podem ser encontrados a alguns quarteirões da sua casa. Eles estão no cemitério local. Enterrados embaixo do solo.
Dentro das paredes daqueles túmulos sagrados estão sonhos que nunca se realizaram, canções que nunca foram escritas, pinturas que nunca encheram uma tela, ideias que nunca foram compartilhadas, visões que nunca se tornaram realidade, invenções que nunca foram criadas, planos que nunca passaram da “prancheta” mental e propósitos que nunca foram realizados.
Nossos cemitérios estão cheios de um potencial que permaneceu inerte.

Não enterre seu talento.
 

Meias Vermelhas

(Carlos Heitor Cony)

Todos os dias, ele ia para o colégio com meias vermelhas. Era um garoto triste, procurava estudar muito, mas na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa.

Os outros guris zombavam dele, implicavam com as meias vermelhas que ele usava. Um dia, perguntaram porque o menino das meias vermelhas só usava meias vermelhas.

Ele contou com simplicidade:
- No ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Botou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei, comecei a chorar, disse que todo mundo ia zombar de mim por causa das meias vermelhas. Mas ela disse que se me perdesse, bastaria olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas saberia que o filho era dela.

Os garotos retrucaram:
- Você não está num circo! Porque não tira essas meias vermelhas e joga fora?

Mas o menino das meias vermelhas explicou:
- É que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim vai me encontrar e me levará com ela.

Pense, reflita...

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Na Vida

(Pablo Neruda)

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não arrisca vestir uma cor nova e não fala com quem não conhece

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o escuro ao invés do claro e os pingos nos "is" a um redemoinho de emoções, exatamente a que resgata o brilho nos olhos, o sorriso nos lábios e coração aos tropeços.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto, para ir atrás de um sonho.

Morre lentamente quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, ouvir conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte, ou da chuva incessante.

Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, nunca pergunta sobre um assunto que desconhece e nem responde quando lhe perguntam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em suaves porções, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples ar que respiramos.

Somente com infinita paciência conseguiremos a verdadeira felicidade.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Céu e Inferno

Um homem, seu cavalo e seu cão, caminhavam por uma estrada.

Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cão haviam morrido num acidente.

A caminhada era muito longa, morro acima, o sol era forte e eles ficaram suados e com muita sede.

Precisavam desesperadamente de água.
Numa curva do caminho, avistaram um portão magnífico, todo de mármore,que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina.

O caminhante dirigiu-se ao homem que numa guarita, guardava a entrada.
* Bom dia, ele disse.
* Bom dia, respondeu o homem.
* Que lugar é este, tão lindo? ele perguntou.
* Isto aqui é o céu, foi a resposta..
* Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede, disse o homem.
* O senhor pode entrar e beber água à vontade, disse o guarda, indicando-lhe a fonte.

* Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede.
* Lamento muito, disse o guarda.
* Aqui não se permite a entrada de animais.

* O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande.
Mas ele não beberia, deixando seus amigos com sede.

Assim, prosseguiu seu caminho.
Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi aberta.
A porteira se abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam sombra.
À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava dormindo.

* Bom dia, disse o caminhante.
* Bom dia, disse o homem.
* Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu cachorro.
* Há uma fonte naquelas pedras, disse o homem e indicando o lugar.
Podem beber a vontade.
O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede.

* Muito obrigado, ele disse ao sair.
* Voltem quando quiserem, respondeu o homem.
* A propósito, disse o caminhante, qual é o nome deste lugar?
* Céu, respondeu o homem.
* Céu? Mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu!
* Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.
O caminhante ficou perplexo.
* Mas então, disse ele, essa informação falsa deve causar grandes confusões.
* De forma alguma, respondeu o homem.
Na verdade, eles nos fazem um grande favor. “Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar seus melhores amigos...”

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A Coragem

(Osho)

A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido.
 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Visão de Planejamento

Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajudá-lo conseguir alguma coisa que pudesse lhe facilitar o trabalho nas caçadas.

Depois de alguns dias, o feiticeiro lhe entregou uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar. Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caçada, convidando dois outros amigos caçadores para a África.

Logo no primeiro dia de caçada, o grupo se deparou com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre que já estava próximo de um de seus amigos, começou a dançar. Foi fuzilado a queima roupa.

Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se, ficando manso e dançou. Os caçadores não hesitaram e mataram-no com vários tiros. E foi assim, a flauta sendo tocada, animais ferozes dançando, caçadores matando.
Ao final do dia, o grupo encontrou pela frente, um leão faminto. A Flauta soou, mas o leão não dançou. Ao contrário, atacou um dos amigos do Caçador flautista, devorando-o. Logo depois, devorou o segundo.

O tocador, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava. E enquanto tocava e tocava o caçador foi devorado. Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, a tudo assistiam. Um deles "falou" com sabedoria: - Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem o surdinho.
Moral da Historia:
Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo: Um dia podem falhar... Tenha sempre planos de contingência. Prepare alternativas para as situações imprevistas. Preveja tudo que pode dar errado e prepare-se.
 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A Abelha e o Beija-Flor

Havia em um certo jardim uma abelha que vivia se deliciando do néctar das flores. Todas as manhãs ela saia de sua colmeia e voava por entre as flores, alegre e feliz. Aquele jardim era somente seu. As outras abelhas ficavam perto da colmeia. Ela não. Todos os dias voava longe, até chegar no seu paraíso, onde podia escolher livremente a flor que lhe serviria de banquete.
Mas certo dia, ela notou algo diferente. Foi em uma flor e não encontrou o precioso néctar. Foi na outra, e também havia sido sugada. Então ela pensou: - Será que minhas companheiras encontraram meu paraíso.
Enquanto pensava nisso, foi surpreendida por uma visão que a deixou atordoada.
Perto dela, a poucos metros da flor onde estava, havia um beija flor, sugando o néctar de uma linda rosa vermelha. Furiosa, a abelha voou até ele e, com o ferrão pronto para atacar, disse:
- Quem deu permissão para você vir mexer nas minhas flores? Não sabe que este jardim é meu?
Espantado, o beija flor olhou para a abelha e disse:
- Bom dia, dona abelha!
- Que bom dia, nada?. Disse furiosa a abelha. Quem deu permissão para você vir aqui sugar as minhas flores
- Eu não sabia que elas eram suas.
- Elas são minhas, sim. Eu as encontrei primeiro. Não vou dividi-las com ninguém. Eu venho de longe todos os dias para sugar o néctar de cada uma delas. Conheço todas, desde que eram ainda pequenas. Você não tem direito de invadir meu jardim.
- Mas existem tantas flores aqui. E, afinal de contas, o Criador disse que temos que repartir o que temos com os outros....
- Mas eu não reparto nada com ninguém. Elas são minhas e pronto.
Nesta hora, a abelha foi surpreendida por um pardal, que com muita fome, resolveu arriscar sua sorte, tentando devorar a abelha. Quando ela o viu, voou feito louca por entre as flores, seguida de perto pela ave esfomeada.
Já cansada e vendo que iria se tornar um banquete para o pardal, ela olha para o beija flor e implora ajuda. O beija flor então voa na direção do pardal, conversa com ele, que logo voa para longe. Ainda assustada, a abelha pergunta para o beija flor:
- O que você disse para ele que fez com que ele fosse embora tão rápido?
- Eu lhe disse que ali na frente, não muito longe daqui, há uma casa com um lindo jardim. Nele existem muitas flores, tão bonitas como estas. Disse-lhe também que todas as manhãs, por volta desta hora, o jardineiro joga muita comida para os pássaros. E ai eu lhe perguntei se ele não preferiria ir lá para se deliciar ao invés de ficar aqui, onde há apenas uma pequena e solitária abelha como alimento..

Quando deixamos de ser egoístas pode ser o caminho para a conquista de grandes amizades.

domingo, 4 de novembro de 2012

O Que Está Dentro é o Que Importa

Brandão tinha vendido balões a tarde toda. De repente apareceu um garotinho do outro lado da rua. Ele ficou olhando cuidadosamente pelo menos trinta minutos. Finalmente o menino disse: "Ei moço, você acha que os balões verdes podem voar tão alto quanto os outros balões?"

"Claro", disse Brandão, não dando muita atenção ao garoto.

Depois de vários minutos, o menino perguntou novamente: "Ei, moço, você acha que os balões vermelhos podem voar tão alto quanto os outros balões?"

"Claro", repreendeu Brandão.

Passaram-se mais alguns minutos e o menino voltou a perguntar: "Ei moço, que tal os balões pretos? Você acha que os balões pretos podem voar tão alto quanto os outros balões?"

Brandão atravessou a rua em direção ao menino, deu-lhe um balão e disse: "Não é a cor do balão que o faz voar. É o que está dentro do balão que o faz voar."

É "o que está dentro" que nos faz "voar".

Milho de Pipoca

(Rubens Alves)

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre
Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.
Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor.
Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade...
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo!
Sem fogo o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela,
lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece:
BUM!
E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente,
algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira.

Não vão dar alegria para ninguém.
 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Os Nós na Corda

Havia um homem que vivia sempre sereno e atraía a atenção de todos que paravam para conversar com ele. Todos, pois, estavam curiosos para saber: qual era o motivo de sua constante alegria e bondade.
Um dia, o rei o procurou e falou-lhe:
- Você sempre está alegre. Será que nunca fica preocupado com alguma coisa?
Não se preocupa com o seu destino? Será que nunca pensa nos pecados dos
quais Deus vai lhe pedir conta? Afinal, nesta vida, todos somos pecadores!
Ao que o homem respondeu:
- Vossa Majestade tem toda a razão em dizer que a gente deve dar conta do
mal que faz. Eu, por mim, penso e ajo assim: imagino que a gente está amarrado a Deus com uma corda.
- Como assim? - perguntou o rei.
- Quando a gente peca, corta essa corda. Mas quando a gente se arrepende e
pede perdão, o que Deus faz? Ele pega as duas pontas da corda e faz um nó para reatá-la. Desse jeito a corda fica mais curta e a gente fica mais perto de Deus. Os anos passam e a gente, apesar do esforço, continua falhando, mas Deus vai fazendo mais nós na corda e a gente acaba chegando
cada vez mais perto dele... Então, por que devo me preocupar ou me entristecer?
O rei ficou muito admirado com a sabedoria do homem e entendeu a situação
daqueles que, embora pecadores, conhecem e amam a Deus.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O Melhor da Vida

Você merece o melhor que a vida tem a oferecer. Ninguém é melhor que você ou merece mais que você. Você tem todas as razões para esperar o melhor.

Ter o melhor de tudo requer que você dê o seu melhor. Aproveite a oportunidade que existe em cada momento. Use suas habilidades, seu conhecimento, seus recursos e seu tempo para criar valor. Você está sendo continuamente desafiado.
Constantemente lhe é oferecida a chance de desempenhar o seu melhor e viver à altura do seu potencial. Saiba reconhecer as possibilidades que cada dia lhe oferece.

Mesmo nas piores decepções, existem oportunidades, aprendizado e esperança. Recuse-se a aceitar um "não" como resposta. Você merece o melhor. E você deve isso a si mesmo, para tornar-se ainda melhor.

Esforce-se em cada respiração, cada palavra, cada passo, cada gesto, para corresponder às suas potencialidades. Seja melhor do que ontem, melhor do que há um minuto.