quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A Borboleta Azul

Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes.

As meninas sempre faziam muitas perguntas.

Algumas ele sabia responder, outras não.

Como pretendia oferecer a elas a melhor educação,

mandou as meninas passarem férias com um sábio

que morava no alto de uma colina.

O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar.

Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta

que ele não saberia responder.

Então, uma delas apareceu com uma borboleta azul

que usaria pra pegar uma peça no sábio.

- O que você vai fazer? - perguntou a irmã

- Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar

se ela está viva ou morta.

Se ele disser que está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar.

Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la.

E assim qualquer resposta que o sábio nos der está errada!

As duas meninas foram, então, ao encontro do sábio, que estava meditando.

- Tenho aqui uma borboleta azul.

Diga-me sábio, ela está viva ou morta?

Calmamente o sábio sorriu e respondeu:

- Depende de você. Ela está em suas mãos.

Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro.

Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado.

Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos (ou não).

Nossa vida está em nossas mãos, assim como a borboleta azul.

Cabe a nós escolher o que fazer com ela.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Vida é o Trem

 
A VIDA É O TREM QUE PASSA

Marillena S. Ribeiro
 

A vida é o trem que passa
Os sonhos são vagões
O amor é o maquinista
Somos nós, a estação!

Adquira seu bilhete, faça sua escolha
O trem vai seguindo continuadamente
Em cada vagão, o desejo de sua mente
...há também tristezas, desilusões
Com a passagem na mão, escolha!

A viagem, se longa não sabemos
A bagagem é cada dia vivenciada
Mudar o rumo, podemos
Sem mesmo saber da parada

A estação nunca pode estar vazia
Será sempre um passeio viver
Se sentar na janela, aprecie
Tudo é passagem, algo pode reter

Cada dia que passa é contagem regressiva
Viaje como se cada instante fosse único
Cada olhar como se fosse o último

Respire fundo, o caminho é longo
Encontrará adversidades
...tristezas
...saudades
...abismos
...retas
.curvas
inúmeras serão as vezes
que não veremos o que há além da curva
Mas o percurso seguirá sonhando

A vida é uma viagem
Somos mutantes
Somos passageiros
Somos nuvens
Somos fumaça

Por não saber decifrar o mapa da vida
Algumas vezes nos  perderemos no trajeto
Mas, para quem sonha, nada é impossível
nunca se perde, sempre se encontra

Escute, ouça, é o apito de mais uma partida
Poderá estar partindo para novos lugares
sem roteiros
sem destino
sem poente ou nascente
A direção é para a felicidade
Conduzirá e será conduzido
O maquinista sempre atento
na história, na vida

De tudo que viver, uma coisa é certa:
Não se canse da viagem, prossiga
Lute, grite, implore
Mas não desista
...se cansar, acene, sorria
O maquinista não te deixará
Não hesite, não tema
Onde parar, um coração
certamente o acalentará

A viagem prossegue
...e sabendo onde quer ir
Vá seguro, você consegue
Sabendo sempre que vai valente...
sua viagem será eternamente...
no vagão de primeira classe.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Silêncio Pode Significar Muito

Em uma empresa trabalhava um rapaz chamado Mauro.
Ele era grandalhão e gostava de fazer brincadeiras com os outros, sempre pregando pequenas peças.
Havia também o Ernani, que era um pouco mais velho que o resto do grupo.
Sempre quieto, inofensivo, à parte, Ernani costumava comer o seu lanche sozinho, num canto da sala.
Ele não participava das brincadeiras após o almoço, sendo que, ao terminar a refeição, sempre sentava sozinho debaixo de uma árvore mais distante.
Devido a esse seu comportamento, Ernani era o alvo natural das brincadeiras e piadas do grupo.
Ora ele encontrava um sapo na marmita, ora um rato morto em seu chapéu.
E o mais incrível é que ele sempre aceitava aquilo sem ficar bravo.
Em um feriado prolongado, Mauro resolveu ir pescar no Pantanal.
Antes, nos prometeu que, se conseguisse sucesso, iria dar um pouco do resultado da pesca para cada colega de trabalho.
No seu retorno, todos muito animados quando viram que ele havia pescado alguns dourados enormes.
Mauro, entretanto, levou-nos para um canto e nos disse que tinha preparado uma boa peça para aplicar no Ernani.
Mauro ia dividir os peixes, fazendo pacotes com uma boa porção para cada um de nós.
Mas, a ´peça´ programada era que ele havia separado os restos dos peixes num pacote maior, à parte.
• Vai ser muito engraçado quando o Ernani desembrulhar esse ´presente´ e encontrar espinhas, peles e vísceras!, disse-nos Mauro, que já estava se divertindo com aquilo.
Mauro então distribuiu os pacotes no horário do almoço.
Cada um de nós, que ia abrindo o seu pacote contendo uma bela porção de peixe, então dizia:
• Obrigado!
Mas o maior pacote de todos, ele deixou por último.
Era para o Ernani.
Todos já estavam quase explodindo de vontade de rir, sendo que Mauro exibia um ar especial, de grande satisfação.
Como sempre, Ernani estava sentado sozinho, no lado mais afastado da grande mesa.
Mauro então levou o pacote para perto dele, e todos ficaram na expectativa do que estava para acontecer.
Ernani não era o tipo de muitas palavras.
Ele falava tão pouco que, muitas vezes, nem se percebia que ele estava por perto.
Por isso, o que aconteceu a seguir nos pegou de surpresa.
Ele pegou o pacote firmemente nas mãos e o levantou devagar, com um grande sorriso no rosto.
Foi então que todos notaram que seus olhos estavam brilhando.
• Eu sabia que você não ia se esquecer de mim, disse com a voz embargada. Eu sabia você gosta de fazer brincadeiras, mas sempre soube que você tem um bom coração.
• Eu sei que não tenho sido muito participativo com vocês, mas nunca foi por má intenção. Sabem...
Eu tenho cinco filhos em casa, e uma esposa inválida, que há quatro anos está presa na cama.
E estou ciente de que ela nunca mais vai melhorar. Às vezes, quando ela passa mal, eu tenho que ficar a noite inteira acordado, cuidando dela.
E a maior parte do meu salário tem sido para os seus médicos e os remédios.
As crianças fazem o que podem para ajudar, mas tem sido difícil colocar comida para todos na mesa.
Vocês talvez achem esquisito que eu vá comer o meu almoço sozinho, num canto...
Bem, é que eu fico meio envergonhado, porque na maioria das vezes eu não tenho nada para pôr no meu sanduíche.
Ou, como hoje, eu tinha somente uma batata na minha marmita.
Mas eu quero que saibam que essa porção de peixe representa, realmente, muito para mim.
Provavelmente muito mais do que para qualquer um de vocês, porque hoje à noite os meus filhos..., ele limpou as lágrimas dos olhos com as costas das mãos. Hoje à noite os meus filhos vão ter, realmente, depois de alguns anos... e ele começou a abrir o pacote...
Mauro, ouvindo aquilo tudo calado ficou aflito e saltou tentando pegar o pacote das mãos do Ernani.
Mas era tarde demais.
Ernani já tinha aberto o pacote e estava, agora, examinando cada pedaço de espinha, cada porção de pele e de vísceras, levantando cada rabo de peixe.
Era para ter sido tão engraçado, mas ninguém riu.
Todos ficaram olhando para baixo.
E a pior parte foi quando Ernani, tentando sorrir, falou a mesma coisa que todos nós havíamos dito anteriormente:
• Obrigado!
Em silêncio, um a um dos colegas pegou o seu pacote e o colocou na frente do Ernani, porque depois de muitos todos haviam, de repente, entendido quem era realmente o Ernani.
É preciso saber respeitar a maneira, o comportamento e o jeito que cada pessoa é.
É preciso conhecer melhor as pessoas, antes de fazer pré-julgamentos ou zombá-las
Apesar das diferenças, todos somos iguais!

domingo, 27 de novembro de 2011

A Pior Coisa

A pior coisa que pode acontecer na vida de uma pessoa não é quando seu projeto não dá certo, seu plano de ação não funciona ou quando a sua viagem termina no lugar errado.
O pior é não começar.
Esse é o maior naufrágio.

sábado, 26 de novembro de 2011

Surpreenda-se

Hoje é dia de descobertas.
Coloque um desafio diferente para a sua vida.
Desafie-se!
Prove-se!
Não seja pessimista ou otimista demais, caia na real e use a sua força, a sua fé, a sua determinação para buscar, ainda hoje, uma saída, uma conquista, uma mudança, por menor que seja, na sua vida rotineira.
Aliás, esse é o maior desafio para muita gente: sair da rotina. A maioria sente-se incapaz de mudar o roteiro de sua vida, sair daquele velho trajeto que acostumou a fazer todos os dias.
Tem muita gente que é infeliz, porque aceitou e acostumou-se com a infelicidade.
Porque botou na cabeça que não merece ser feliz, que sua vida não tem solução.
E isso não é verdade porque tudo pode ser diferente.
Então aqui vai uma proposta. Um desafio: faça algo diferente na sua vida.
Pode ser na maneira de vestir-se. Pode ser na mudança do cheiro (perfume) de sempre.
Pode ser no jeito de falar. Pode ser no jeito de andar.
Pode ser no trajeto de casa para o trabalho ou vice-versa.
Que tal, só para variar, pegar um ônibus ou um trajeto errado?
Faça alguma coisa para sair da rotina:
Surpreenda a pessoa amada, mande flores, um cartão animado, uma mensagem.
Surpreenda seus pais e pendure-se no pescoço deles enchendo-os de beijos.
Surpreenda um amigo e diga o quanto ele é importante na sua vida.
Surpreenda a você mesmo, e perceba que você é feliz com o que já possui.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sonhos

Gabriel Chalita

A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis;
A ausência dos sonhos transforma milionários em mendigos.

A presença dos sonhos faz de idosos, jovens;
A ausência de sonhos faz dos jovens, idosos.

Uma mente saudável deveria ser uma usina de sonhos.
Pois os sonhos oxigenam a inteligência e
irrigam a vida de prazer e sentido.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pessoas Especiais

As pessoas especiais são aquelas que têm a habilidade de dividir suas vidas com os outros.
Elas são honestas nas atitudes, são sinceras e compassivas, e sempre dão por certo que o amor é parte de tudo.
As pessoas especiais são aquelas que têm a habilidade de doar aos outros, e de ajudá-los com as mudanças que surgem em seus caminhos.
As pessoas especiais são aquelas que permitem-se o prazer de estar próximo aos outros e importar-se com a felicidade deles.
Elas vieram para entender que o amor é o que faz a diferença na vida.
As pessoas especiais são aquelas que realmente tornam a vida bela.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A Loja de Deus

Uma vez um homem entrou numa loja de Deus e , ao ver um anjo o balcão, disse-lhe:
-- Santo Anjo, o que tens?
Respondeu-me:
-- Todos os dons de Deus.
E o homem perguntou:
-- Custa muito?
O Anjo respondeu:
-- Não, é tudo de graça.
Então, o homem contemplou a loja e viu jarros com sabedoria, vidros com fé, pacotes com esperança, caixinhas com salvação, potes com amor. Tomou coragem e pediu:
-- Por favor, Anjo quero muito amor, todo o perdão, um vidro de fé, bastante felicidade e salvação eterna para mim e para minha família também.
Então, o Anjo do Senhor preparou-me um pequeno embrulho, tão pequeno, que cabia na palma da mão.
Maravilhado, o homem perguntou:
-- É possível tudo estar aqui?
O Anjo respondeu-me sorrindo:
-- Meu querido irmão, na loja de Deus não temos frutos. Apenas sementes.
“Cabe a você semear, cultivar e colher bons frutos”

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O Presente

Um garoto pobre, com cerca de doze anos de idade, vestido e calçado de forma humilde, entra na loja, escolhe um sabonete comum e pede ao proprietário que embrulhe para presente.
-- É para minha mãe, diz com orgulho.
O dono da loja ficou comovido diante da singeleza daquele presente. Olhou com piedade para o seu freguês e, sentindo uma grande compaixão, teve vontade de ajudá-lo.
Pensou que poderia embrulhar, junto com o sabonete comum, algum artigo mais significativo. Entretanto, ficou indeciso: ora olhava para o garoto, ora para os artigos que tinha em sua loja.
Devia ou não fazer? O coração dizia sim, a mente dizia não.
O garoto, notando a indecisão do homem, pensou que ele estivesse duvidando de sua capacidade de pagar.
Colocou a mão no bolso, retirou as moedinhas que dispunha e as colocou sobre o balcão.
O homem ficou ainda mais comovido quando viu as moedas, de valor tão insignificante. Continuava seu conflito mental. Em sua intimidade concluíra que, se o garoto pudesse, ele compraria algo bem melhor para sua mãe.
Lembrou de sua própria mãe. Fora pobre e muitas vezes, em sua infância e adolescência, também desejara presentear sua mãe. Quando conseguiu emprego, ela já havia partido. O garoto, com aquele gesto, estava mexendo nas profundezas dos seus sentimentos.
Do outro lado do balcão, o menino começou a ficar ansioso. Alguma coisa parecia estar errada. Por que o homem não embrulhava logo o sabonete?
Ele já escolhera, pedira para embrulhar e até tinha mostrado as moedas para o pagamento. Por que a demora? Qual o problema?
No campo da emoção, dois sentimentos se entreolhavam: a compaixão do lado do homem, a desconfiança por parte do garoto.
Impaciente, ele perguntou:
-- Moço, está faltando alguma coisa??
-- Não, respondeu o proprietário da loja -- é que de repente me lembrei de minha mãe. Ela morreu quando eu ainda era muito jovem. Sempre quis dar um presente para ela, mas, desempregado, nunca consegui comprar nada.
Na espontaneidade de seus doze anos, perguntou o menino:
-- Nem um sabonete?
O homem se calou. Refletiu um pouco e desistiu da idéia de melhorar o presente do garoto. Embrulhou o sabonete com o melhor papel quetinha na loja, colocou uma fita e despachou o freguês sem responder mais nada.
A sós, pôs-se a pensar. Como é que nunca pensara em dar algo pequeno e simples para sua mãe? Sempre entendera que presente tinha que ser alguma coisa significativa, cara até, tanto assim que, minutos antes, sentira piedade da singela compra e pensara em melhorar o presente adquirido.
Comovido, entendeu que naquele dia tinha recebido uma grande lição. Junto com o sabonete do menino, seguia algo muito mais importante e grandioso, o melhor de todos os presentes: o gesto de amor!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vencedor e Perdedor

Quando um vencedor comete um erro, diz:
-- Eu errei.
Quando um perdedor comete um erro, diz:
-- Não foi minha culpa.
Um vencedor trabalha duro e tem mais tempo.
Um perdedor está sempre "muito ocupado" para fazer o que é necessário.
Um vencedor enfrenta e supera o problema.
Um perdedor da voltas e nunca consegue resolvê-lo.
Um vencedor se compromete.
Um perdedor faz promessas.
Um vencedor diz:
-- Eu sou bom, porém não tão bom como gostaria de ser.
Um perdedor diz:
-- Eu não sou tão ruim como tantos outros.
Um vencedor escuta, compreende e responde.
Um perdedor somente espera uma oportunidade para falar.
Um vencedor respeita aqueles que são superiores a ele e trata de aprender algo com eles.
Um perdedor resiste àqueles que são superiores a ele e trata de encontrar defeitos.
Um vencedor se sente responsável por algo mais do que somente o seu trabalho.
Um perdedor não colabora e sempre diz:
-- Eu somente faço o meu trabalho.
Um vencedor diz:
-- Deve haver uma melhor forma de fazer o meu trabalho.
Um perdedor diz:
-- Esta é a maneira que sempre fizemos.
Um perdedor guarda a vitória para si mesmo porque não tem tempo ou amigos para compartilhar.
Um vencedor sempre compartilha suas vitórias com seus os amigos.

domingo, 20 de novembro de 2011

Acredite no Hoje

Depois de ter realizado uma de suas expedições à Antártida, o navegador Amir Klink escreveu o seguinte, no diário de bordo:

"Já ancorado na Antártida, ouvi ruídos que pareciam de fritura. Será que até aqui existem chineses fritando pastéis?"

Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada. O efeito visual era belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei pra mim mesmo: Calma, você terá muito tempo pra isso.

Daí, nos 367 dias que se seguiram, adivinhe o que aconteceu? O fenômeno dos cristais de água doce entrando em contato com a água salgada não se repetiu. Isso só fez provar que algumas oportunidades são únicas na vida.

É como diz o monge budista, Dalai Lama: "Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito: um se chama ontem e o outro, amanhã." Portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principalmente, viver! Aproveite a semana para exercitar a sua capacidade de viver intensamente o dia de hoje!

sábado, 19 de novembro de 2011

Aprender é descobrir aquilo que você já sabe.

Aprender é descobrir aquilo que você já sabe.
Fazer é demonstrar que você sabe.
Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você.
Somos todos aprendizes, fazedores, professores."

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

As Palavras Mágicas

Letícia Thompson

Palavras mágicas são aquelas que abrem portas. Nada complicado como abracadabra ou qualquer coisa do gênero. São aquelas simples mesmo dia-a-dia e que ficam tão corriqueiras que muitas vezes nos esquecemos.
É incontestável o poder das palavras nas nossas vidas. As que dizemos e as que calamos; as que saem do olhar, as que são ditas com lágrimas, as que fluem de um sorriso, as que são gritadas em silêncios que machucam...
... e aquelas tão simples que parecem banais demais, mas que nos tornam pessoas educadas, simpáticas, agradáveis e que nem precisam de estudos ou sermos adultos para que façam parte do nosso vocabulário.
Um "obrigado" substitui centenas de outras palavras; um "bom dia" pode ser o primeiro raio de sol na nossa janela, assim como um "boa noite" o último raio de luar da noite.
"Com licença" abre caminhos e "perdão" e "desculpe" derretem corações e podem trazer oportunidades que estavam perdidas para sempre.
O "por favor" faz hesitar o mais endurecido dos corações e pode até fazer com que mude de ideia.
"Você é importante pra mim" eleva a autoestima; "você vai vencer" nos dá coragem para prosseguir e, enfim, as mais poderosas de todas as palavras: "amo você!" Nessas palavras estão incluídos dicionários inteiros, até mesmo com as palavras que desconhecemos.
A gentileza é uma arte que não nos custa nada e que nos trás enormes benefícios. O mundo não nos pertence e não vivemos isolados como ilhas no meio do oceano. Fazer uso das palavrinhas mágicas no nosso dia-a-dia não só vai nos tornar pessoas mais simpáticas, vai também construir pontes entre nós e aqueles que o Senhor escolheu para fazerem parte da história da nossa vida.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Cidade dos Resmungos

Era uma vez um lugar chamado Cidade dos Resmungos, onde todos resmungavam, resmungavam, resmungavam.
No verão, resmungavam que estava muito quente.
No inverno, que estava muito frio.
Quando chovia, as crianças choramingavam porque não podiam sair.
Quando fazia sol, reclamavam que não tinham o que fazer.
Os vizinhos queixavam-se uns dos outros, os pais queixavam-se dos filhos, os irmãos das irmãs.
Todos tinham um problema, e todos reclamavam que alguém deveria fazer alguma coisa.
Um dia chegou à cidade um mascate carregando um enorme cesto às costas.
Ao perceber toda aquela inquietação e choradeira, pôs o cesto no chão e gritou :
-- Ó cidadãos deste belo lugar! Os campos estão abarrotados de trigo, os pomares carregados de frutas. As cordilheiras estão cobertas de florestas espessas, e os vales banhados por rios profundos. Jamais vi um lugar abençoado por tantas conveniências e tamanha abundância. Por que tanta insatisfação? Aproximem-se, e eu lhes mostrarei o caminho para a felicidade.
Ora, a camisa do mascate estava rasgada e puída.
Havia remendos nas calças e buracos nos sapatos.
As pessoas riram que alguém como ele pudesse mostrar-lhes como ser feliz.
Mas enquanto riam, ele puxou uma corda comprida do cesto e a esticou entre os dois postes na praça da cidade.
Então segurando o cesto diante de si, gritou :
-- Povo desta cidade ! Aqueles que estiverem insatisfeitos escrevam seus problemas num pedaço de papel e ponham dentro deste cesto. Trocarei seus problemas por felicidade !
A multidão se aglomerou ao seu redor.
Ninguém hesitou diante da chance de se livrar dos problemas.
Todo homem, mulher e criança da vila rabiscou sua queixa num pedaço de papel e jogou no cesto.
Eles observaram o mascate pegar cada problema e pendurá-lo na corda.
Quando ele terminou, havia problemas tremulando em cada polegada da corda, de um extremo a outro.
Então ele disse :
-- Agora cada um de vocês deve retirar desta linha mágica o menor problema que puder encontrar.
Todos correram para examinar os problemas.
Procuraram, manusearam os pedaços de papel e ponderaram, cada qual tentando escolher o menor problema.
Depois de algum tempo a corda estava vazia.
Eis que cada um segurava o mesmíssimo problema que havia colocado no cesto.
Cada pessoa havia escolhido os seu próprio problema, julgando ser ele o menor da corda.
Daí por diante, o povo daquela cidade deixou de resmungar o tempo todo.
E sempre que alguém sentia o desejo de resmungar ou reclamar, pensava no mascate e na sua corda mágica.

“Todos temos problemas. O que muda é a maneira como você Lida com eles

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ensinamentos Divinos

"Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes usa a raiva, para que possamos compreender o infinito valor 
da paz. 
Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da 
aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade 
do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos compreender o valor do 
despertar. 
Outras vezes usa a doença, quando quer nos mostrar a importância 
da saúde.
Deus costuma usar o fogo para nos ensinar sobre a água. 
Às vezes, usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da 
vida.”

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Perdoar ou Pedir Perdão

Quem pede perdão mostra que ainda crê no amor.
Quem perdoa mostra que ainda existe amor para quem crê.
Mas não importa saber qual das duas coisas é mais importante.
É sempre importante saber que:
Perdoar é o modo mais sublime de crescer.
E pedir perdão é o modo mais sublime de se levantar...

domingo, 13 de novembro de 2011

O Melhor de Você

Benjamin Franklin

A melhor coisa que você pode dar ao inimigo, é o seu perdão.
Ao adversário, sua tolerância.
Ao amigo, sua atenção.
Ao filho, bons exemplos.
Ao pai, sua consideração.
A mãe, comportamento que a faça sentir orgulhosa.
A todos os homens, caridade.
A você próprio respeito.

sábado, 12 de novembro de 2011

Livro da Vida

As páginas da vida são Cheias de surpresas...
Há capítulos de alegria, mas também de tristezas,
Há mistérios e fantasias, sofrimentos e decepções...
Por isso, não rasgue páginas e nem solte capítulos,
Não se apresse a descobrir os mistérios.
Não perca as esperanças, Pois muitos são os finais felizes.
E nunca se esqueça do principal:
NO LIVRO DA VIDA, O AUTOR É VOCÊ!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Barbeiro

Um homem foi cortar o cabelo e a barba.
Como sempre acontece, ele e o barbeiro ficaram conversando sobre várias coisas, até que por causa de uma notícia de jornal sobre meninos abandonados, o barbeiro afirmou:
-- Como o senhor pode ver, esta tragédia mostra que Deus não existe.
-- Como?
-- O senhor não lê jornais? Temos tanta gente sofrendo, crianças abandonadas, crimes de todos os tipos. Se Deus existisse, não haveria tanto sofrimento.
O cliente ficou pensando, mas o corte estava quase no final, e resolveu não prolongar a conversa.
Voltaram a discutir temas mais amenos, o serviço foi terminado, o cliente pagou e saiu.
Entretanto, a primeira coisa que viu foi um mendigo com a barba de muitos dias e cabelos desgrenhados.
Imediatamente, voltou para a barbearia e falou para a pessoa que o atendera:
-- Sabe de uma coisa? OS BARBEIROS NÃO EXISTEM!
-- Não existem? Eu estou aqui e sou barbeiro.
-- Não existem! - insistiu o homem. Por que se existissem, não haveria pessoas com barba tão grande e cabelo tão desgrenhado como o que acabo de ver na esquina.
-- Posso garantir que os barbeiros existem. Acontece que este homem nunca veio até aqui, se viesse, eu faria o serviço gratuitamente, por caridade.
-- Exatamente! Então para responder-lhe, Deus também existe. O que passa é que as pessoas não vão até Ele.
Se O buscassem, seriam mais solidários e não haveria tanta miséria no mundo.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O Que Faz o Balão Subir?

Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse.
Para atrair compradores, o homem deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares.
Estava ali perto um menino negro.
Estava observando o vendedor e, é claro apreciando os balões.
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco.
Todos foram subindo até sumirem de vista.
O menino, de olhar atento, seguia a cada um.
Ficava imaginando mil coisas... Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto.
Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou :
-- Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros ?
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse :
-- Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subi

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pontes, muros e cercas

Dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado. Mas tudo agora havia mudado. O que começou com um pequeno mal entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta:
-- Estou procurando trabalho, talvez você tenha algum serviço para mim. - disse o homem.
-- Sim, disse o fazendeiro. - Claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do meu vizinho, na realidade do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira ali no celeiro? Pois use para construir uma cerca bem alta!
-- Acho que entendo a situação. - disse o homem. - mostre-me onde estão a pá e os pregos!
O irmão mais velho entregou o material e foi para a cidade. O homem ficou ali cortando, medindo, trabalhando o dia inteiro. Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de cerca, uma ponte foi construída ali, ligando as duas margens do riacho.
Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou:
-- Você foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei.
Mas as surpresas não pararam por ali. Ao olhar novamente para a ponte viu o seu irmão se aproximando de braços abertos.
Por um instante permaneceu imóvel do seu lado do rio. O irmão mais novo disse:
-- Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse.
De repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, chorando no meio da ponte. O homem que fez o trabalho, partiu com sua caixa de ferramentas.
-- Espere, fique conosco! Tenho outros trabalhos para você.
E o homem respondeu:
-- Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir...

Já pensou como as coisas seriam mais fáceis se parássemos de construir cercas e muros e passássemos a construir pontes com nossos familiares, amigos, colegas de trabalho e principalmente nossos inimigos... o que você está esperando? Que tal começar agora?!
"a única vez que você não pode falhar é na última vez que tentar”.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Felicidade Virá

Eu preferirei sempre aqueles que sonham...
embora se enganem;
aqueles que esperam...
embora, às vezes, suas esperanças fracassem;
aqueles que apostam na utopia...
embora, em seguida, fiquem no meio do caminho.
Aposto nos que confiam em que
o mundo pode e deve mudar;
naqueles que acreditam que a felicidade virá.
Só daqueles que esperam
será o reino da felicidade.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Simplifique

Um professor de Filosofia entra na sala de aula, põe a cadeira em cima da mesa e escreve no quadro: "Provem-me que esta cadeira não existe".
Apressadamente, os alunos começam a escrever longas dissertações sobre o assunto. No entanto, um dos alunos escreve apenas duas palavras na folha e entrega-a ao professor. Este, quando a recebe, não pode deixar de sorrir depois de ler: "Que cadeira?"

Não procure chifres em cabeça de cavalo ou pelo em ovo. Opte pela simplificação. A vida é simples, nós em que a complicamos!

domingo, 6 de novembro de 2011

Se Você Puder

Se você puder, hoje ainda:
Esqueça contratempos e mostre um sorriso mais amplo para aqueles que lhe compartilham a vida;
Dê mais um toque de felicidade e beleza em sua casa
Faça a visita, mesmo ligeira, a alguém que está precisando de um carinho seu;
Escreva, ainda que seja um simples bilhete, transmitindo esperança e tranquilidade, em favor de alguém;
Estenda algo mais de otimismo e de alegria aos que se encontrem nas suas faixas de convivência;
Procure esquecer - mas esquecer mesmo - tudo o que seja motivo de tristeza ou aborrecimento;
Leia alguma página que te ensine algo e escute musica que pacifique o coração;
Dedique alguns minutos à meditação e à prece;
Pratique, pelo menos, uma boa ação sem contar isso a ninguém.
Estas indicações de apoio espiritual, se forem observadas, farão grande bem aos outros, mas especialmente a você mesmo.

sábado, 5 de novembro de 2011

A Voz do Silêncio

O silêncio na hora certa vale ouro. Ele pode falar mais que mil palavras, dar mil conselhos e evitar uma situação constrangedora.
Temos o hábito de falar demais e nos esquecemos que não há retorno para o que foi dito.
Muitas vezes quando não falamos acabamos dizendo muito.
Quando há atrito entre duas ou mais pessoas e elas não conseguem se conter, acabam por dizer coisas que, de maneira refletida, não diriam.
Uma discussão é como uma fogueira e as palavras são o vento que aviva a brasa; quanto mais se fala, mais a brasa arde; quanto mais as pessoas dizem nessa situação, menos refletem e acabam por alterar a voz, de maneira que no fim das contas o que se ouve são gritos.
Quantas e quantas pessoas não estragam uma relação só porque não souberam a hora certa de falar e a de calar!
Quantos desentendimentos porque, querendo se comunicar, acabaram simplesmente cortando a comunicação com palavras vazias e ditas sem pensar!
Magoamos assim as pessoas e nos magoamos.
É muito melhor pensar sem falar que falar sem pensar.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Lenda do Perdão

Conta uma antiga lenda que existia uma cidade onde a palavra perdão nunca existiu. As pessoas eram, portanto, donas da verdade, arrogantes e sofriam de uma terrível moléstia, o complexo de superioridade.
A convivência era bastante complicada porque todos se consideravam perfeitos e com isso não enxergavam, nem admitiam seus defeitos, erros ou equívocos.
Nessa cidade reinava a vaidade, a competição e a inimizade, por mais que elas andassem disfarçadas por detrás de sorrisos e manifestações de afeto.
Um dia uma mulher, vinda de outra cidade, foi morar lá.
Todos as tardes ia até a padaria e na volta sempre passava por uma praça onde um grupo de rapazes jogava bola.
Seu trajeto seria bem menor se ela cruzasse a praça, mas para não atrapalhar o jogo deles ela fazia o seu caminho contornando a praça.
Claro que nenhum deles nunca percebeu ou deu valor à sua gentileza.
Naquela cidade muito poucos entendiam desse assunto.
Certo dia essa mulher estava cheia de preocupações, com a cabeça bastante perturbada e na volta da padaria não se deu conta do caminho que tomou e atravessou a praça no exato momento em que um dos rapazes ia fazer um gol.
O jogo parou, todos se olharam e o tal jovem, muito bravo, perguntou a ela:
— A senhora não está vendo o que fez? Que falta de atenção, até mesmo de consideração! Custava dar a volta na praça?
E ela respondeu:
— Há cerca de seis meses que todos os dias eu dou a volta na praça para não atrapalhar o jogo de vocês. Hoje, no entanto, eu confesso que me distraí. Estava muito envolvida com meus pensamentos. Peço a todos vocês perdão por isso.
Ninguém entendeu o que ela quis dizer e um dos meninos perguntou:
— Perdão? O que é perdão? O que ela significa?
— Perdão é um ato de humildade, embora alguns julguem ser um ato de humilhação.
Os meninos foram para suas casas muito pensativos e contaram a seus pais sobre o perdão.
Errar, cometer injustiças, tomar atitudes precipitadas que podem prejudicar e magoar terceiros são coisas das quais todo ser humano está sujeito. Reconhecer seus erros e pedir perdão, no entanto, nem todos os seres humanos são capazes.
Para isso é necessária uma enorme dose de humildade, um coração sensato e um espírito elevado.
Só os grandes sabem pedir perdão!Dizem que aquela cidade anda muito diferente, mais alegre, as pessoas mais amigas, menos rivalidades e que todos além de terem aprendido a pedir perdão, agora também estão aprendendo a perdoar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Burro

No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de um famoso palácio real, um burro de carga curtia imensa amargura.
Reparando o pêlo maltratado, as fundas cicatrizes do lombo e a cabeça tristonha e humilde, aproximou-se formoso cavalo árabe detentor de muitos prêmios, e disse, orgulhoso:
-- Triste sina a que recebeu, hein amigo! Não invejas minha posição em corridas?
Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis!
Tá bom, disse outro cavalo inglês:
Como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça?
O infortunado animal recebia os sarcasmos, as brincadeiras e as gozações, indignado.
Outro soberbo cavalo entrou no assunto e comentou:
-- Há dez anos, quando me ausentei de pastagem vizinha, vi este miserável sofrendo rudemente nas mãos do bruto amansador. É tão covarde que não chegava a reagir, nem mesmo com um coice. Não nasceu senão para carga e pancadas. É vergonhoso ter que suportar a companhia.
Nisto, admirável jumento espanhol acercou-se do grupo, e acentuou sem piedade:
-- Lastimo reconhecer neste burro um parente próximo. É animal desonrado, fraco, inútil, não sabe viver senão sob pesadas disciplinas.
As observações não haviam terminado, quando o rei chegou ao local, em companhia do chefe das cavalariças.
-- Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade, informou o monarca, um animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança.
O empregado perguntou:
-- Não prefere o árabe, Majestade?
-- Não, não - falou o soberano, é muito altivo e só serve para corridas em festejos oficiais sem maior importância.
-- Não quer o cavalo inglês?
-- De modo algum. É muito irrequieto e não vai além das extravagâncias da caça.
-- Não deseja o húngaro?
-- Não, não. É bravio, sem qualquer educação. É apenas um pastor de rebanho.
-- O jumento espanhol serviria? - insistiu o servidor atencioso.
-- De maneira nenhuma. É manhoso e não merece confiança.
Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou:
-- Onde está meu burro de carga?
O chefe das cocheiras indicou-o, entre os demais.
O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora, mandou ajaezá-lo com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho ainda criança, para longa viajem.
E ficou tranqüilo, sabendo que poderia colocar toda a sua confiança naquele animal...
Assim também acontece na vida.
Em todas as ocasiões, temos sempre grande número de amigos, de conhecidos e companheiros, mas somente nos prestam serviços de utilidade real aqueles que já aprenderam a servir, sem pensar em si mesmos.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

20 Anos Cego

Há muito tempo, um casal de idosos que não tinha filhos, morava em uma casinha humilde de madeira, tinha uma vida muito tranquila, alegre, e ambos se amavam muito.
Eram felizes. Até que um dia... Aconteceu um acidente com a senhora. Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo.
O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas e imediatamente tenta ajudá-la.
O fogo também atinge seus braços e, mesmo em chamas, consegue ele consegue apagar.
Quando chegaram os bombeiros já não havia muito da casa, apenas uma parte, toda destruída.
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave. Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada.
Ainda em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, queimara todo o seu rosto.
Chegando ao quarto de sua senhora, ela foi falando:
— Tudo bem com você meu amor?
— Sim, respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e não posso mais enxergar, mas fique tranquila, meu amor, que sua beleza está gravada em meu coração para sempre.
Então triste pelo esposo, a senhora pensou consigo mesma:
"Como Deus é bom, vendo tudo o que aconteceu a meu marido, tirou-lhe a visão para que não presencie esta deformação em mim. As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro, obrigado Senhor!"
Passado algum tempo e recuperados, voltaram para uma nova casa, onde ela fazia tudo para o seu querido e amado esposo, e o esposo agradecido por tanto amor, afeto e carinho, todos os dias dizia-lhe:
— COMO EU TE AMO. Você é linda demais. Saiba que você é e será sempre, a mulher da minha vida!
E assim viveram mais 20 anos até que a senhora veio a falecer. No dia de seu enterro, quando todos se despediam da bondosa senhora, veio aquele marido com os olhos em lágrimas, sem seus óculos escuros e com sua bengala nas mãos.
Chegou perto do caixão, beijou o rosto acariciando sua amada, disse em um tom apaixonante:
— Como você é linda, meu amor, eu te amo muito.
Ouvindo e vendo aquela cena, um amigo que está ao seu lado, perguntou se o que tinha acontecido era milagre. Pois parecia que o velhinho parecia enxergar sua amada.
O velhinho olhando nos olhos do amigo, apenas falou com as lágrimas rolando quentes em sua face:
— Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando vi minha amada esposa toda queimada e deformada, sabia que seria duro para ela continuar vivendo daquela maneira. Foram vinte anos vivendo muito felizes e apaixonados! Foram os 20 anos mais felizes de minha vida.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Verdade, a Mentira, o Fogo e a Água

Há muito tempo, a Verdade, a Mentira, o Fogo e a Água estavam viajando e chegaram a um rebanho de gado.
Discutiram o assunto e chegaram à conclusão de que seria melhor dividir o rebanho em quatro partes iguais para que cada um pudesse levar consigo uma quantidade igual de animais.
Mas a Mentira era gananciosa e arquitetou um plano para ficar com uma parte maior.
-- Ouça o meu conselho - sussurrou ela, puxando a Água para um canto.
-- O Fogo está planejando queimar toda a relva e as árvores das suas margens para conduzir seu gado pelas planícies e ficar com os animais para si.
Se eu fosse você, acabaria com ele logo agora, e assim repartiríamos a parte dele entre nós.
A Água foi tola o suficiente para acatar o conselho da Mentira e lançou-se sobre o Fogo, apagando-o.
E a Mentira dirigiu-se em seguida para a Verdade, sussurrando-lhe
-- Veja só o que fez a Água! Acabou com o Fogo para ficar com o gado dele. Não deveríamos associar-nos a alguém assim. Deveríamos pegar todo o gado e partir para as montanhas.
A Verdade acreditou nas palavras da Mentira e concordou com seu plano.
E, juntas, levaram o gado para as montanhas.
-- Esperem por mim - disse a Água, correndo no se encalço, mas é claro que não conseguiu correr morro acima.
E foi deixada para trás, no vale.
Ao chegarem no topo da montanha mais alta, a Mentira virou-se para a Verdade e pôs-se a rir.
-- Consegui enganá-la, sua idiota ! - disse ela, soltando uma risada estridente.
-- Agora você vai me dar todo o gado e será minha escrava, ou eu a destruirei.
-- Ora essa ! Você me enganou - admitiu a Verdade. Mas eu jamais serei sua escrava.
E as duas brigaram; e enquanto se batiam, os trovões ecoavam pelas montanhas.
As duas se agrediram, mas nenhuma conseguiu destruir a outra.
Acabaram decidindo chamar o Vento para decidir quem seria a vencedora da disputa.
E o Vento subiu a montanha a todo velocidade, e escutou o que ambas tinham a dizer.
E por fim falou:
-- Não me cabe apontar a vencedora.
A Verdade e a Mentira estão fadadas à disputa. Às vezes, a Verdade ganhará; outras vezes a Mentira prevalecerá; neste caso, a Verdade deverá se erguer e tornar a lutar.
Até o fim do mundo, a Verdade deverá combater a Mentira e jamais buscar o descanso ou baixar a guarda; caso contrário, será aniquilada para sempre.
Assim é que a Verdade e a Mentira continuam lutando até hoje.